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Durante a pandemia, programas do Governo Federal foram essenciais para a manutenção das empresas e dos empregos. Além do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e Renda (BEM), que permitiu a redução de carga horária e suspensão temporária de contratos de trabalho, o governo criou Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (Pese), para financiar a folha de pagamento.
No Paraná, 10.700 empresas se beneficiaram do Pese num total de R$ 567 milhões. Somado a outras linhas de crédito como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que beneficiou 45 mil empresas com sede no estado, o Paraná foi um dos estados que mais utilizou os programas emergenciais de crédito. De janeiro a setembro deste ano o saldo de operações de crédito foi 24% maior do que no mesmo período do ano passado. A média nacional é de 18%.
Para o especialista do Núcleo de Acesso ao Crédito da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), João Baptista Guimarães, o Paraná tem uma rede bancária e de cooperativas de crédito atuante, razão de maior acesso aos recursos, mas os dados mostram também que o empresário tem muita necessidade ainda de crédito.
“A gente entende que o fato desse saldo das operações de crédito terem um percentual do que a média nacional, demonstra que as nossas empresas conseguiram crédito nesse momento que foi urgente, o momento da crise para própria sobrevivência das empresas, a gente sabe que esse não é um assunto encerrado. Existe uma demanda […] por um crédito de qualidade, com taxas de juros adequadas, com prazos de pagamento também condizentes, principalmente agora nesse momento de recuperação. O que a gente tem orientados as empresas é que elas pesquisem, façam sua lição de casa, ainda existem linhas de crédito que estão vigentes, essas linhas emergenciais. […] Que ela sempre dê uma pesquisada antes de conversar com o gerente do banco e que ela negocie e consulte outros agentes financeiros também […]. E ainda estamos com a expectativa de que alguns programas sejam renovados, então existe uma conversa do Pronampe, talvez tenha uma nova rodada, mas nada de concreto ainda, mas a gente percebe que há um movimento nesse sentido”, explica
Na comparação de setembro deste ano com setembro de 2019, o acesso a crédito foi 27% maior no Paraná.