A taxa de empreendedorismo potencial no Brasil teve um crescimento de 75% entre 2019 e 2020, passando de 30% para 53%. Os números fazem parte da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada pelo Sebrae, em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ).
A taxa de 53% sugere que há 50 milhões de brasileiros que ainda não empreendem e que querem abrir um negócio nos próximos três anos. Desse total, 1/3 teria sido motivado pela pandemia de covid-19.
Pela primeira vez, a pesquisa GEM também identificou que ter uma empresa está entre os desejos do brasileiro.
A pesquisa GEM 2020 também mostrou que a taxa de formalização cresceu 69% entre 2019 e 2020. O total de empreendedores com CNPJ, entrevistados na pesquisa, passou de 26% para 44%, o maior crescimento dos últimos quatro anos.
Em 2017, 15% dos empreendedores eram formalizados e, em 2018, 23%.
Carlos Melles, presidente do Sebrae, avaliou os benefícios da formalização para o desenvolvimento do país, com a geração de emprego e renda. “As micro e pequenas empresas continuam sendo o esteio da geração de emprego no país e os números do Caged confirma isso”, disse.
No ano, as micro e pequenas empresas acumulam aproximadamente 70% dos postos de trabalho gerados no país. Dos 2,2 milhões de vagas criadas nos oito primeiros meses de 2021, mais de 1,5 milhão são dos pequenos negócios, contra 507 mil das médias e grandes empresas.