O mundo está em constante mutação e as empresas, se quiserem continuar competitivas, precisam estar atentas a isso. O universo corporativo deve fazer as contas do impacto que causa no meio-ambiente e adotar novas práticas sustentáveis para minimizar as consequências que anos de descaso estão trazendo à sociedade e à natureza.
Deste modo, precisamos falar sobre sustentabilidade empresarial. Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Akatu apontou quais são as práticas de Responsabilidade Social Empresarial mais valorizadas pelos consumidores brasileiros.
Entre elas, a pesquisa identificou que 19% das pessoas costumam valorizar empresas que possuam programas para racionalização e otimização do uso da água - é a sexta prática de Responsabilidade Social Empresarial que os consumidores mais priorizam nas companhias.
Outro aspecto valorizado por 20% dos entrevistados é o investimento em novas tecnologias que permitam a reciclagem de seus produtos após o uso. Não há como imaginar uma empresa que não se preocupe com o lixo que produz e descarta na natureza. Também é inimaginável um ambiente corporativo que não conscientize seus funcionários sobre a importância da separação e do descarte corretos do lixo, tanto no trabalho quanto em casa. Infelizmente, essa cultura do consumo e do descarte desenfreados ainda persiste em muitas empresas.
A pesquisa também revelou que 13% dos consumidores entrevistados apoiam empresas que inserem informações sobre descarte dos produtos pós-consumo. Apoio converte-se em vendas. Não é à toa que presenciamos um movimento de comunicação de empresas bastante vinculado às responsabilidades socioambientais. No entanto, a pesquisa alerta: apenas 8% da população diz acreditar nas informações de RSE que as empresas divulgam atualmente.
Vivemos um momento crucial de racionamento de água em estados brasileiros. A Barragem do Descoberto, localizada entre Águas Lindas de Goiás e o Distrito Federal, vem sofrendo rebaixamento no volume de água e fez com que Brasília passasse a adotar o rodízio e o racionamento. Goiás já teve interrupções de abastecimento em 14 municípios só no mês de setembro. Em São Paulo, a Cantareira ainda não recuperou seu volume de água; e o semiárido brasileira também vive situação crítica.
Soma-se a isso a produção histórica de lixo ocasionada pelo consumo sem consciência. Faz-se cada vez mais necessário o debate sobre o uso de energia solar e de outras fontes. Precisamos mudar, enquanto pessoas e também como empresas. A sustentabilidade empresarial deve ser um eixo importante no planejamento estratégico das organizações e deve acontecer de maneira transversal no ambiente de trabalho. O nosso futuro agradece.